sexta-feira, 17 de junho de 2011

NUM REINO DISTANTE...

Num reino distante, havia uma aldeia que foi colocada em um lugar estratégico, com a finalidade de proteger as terras de invasão e atender as comunidades daquele lugar longínquo.

O povo que foi para aquela aldeia aprendeu como fazer para que ela fosse prospera, e os resultados foram tão bons que o Rei mandou que construísse outras aldeias utilizando o mesmo formato.

Só tinha um porém, periodicamente era mandado para a aldeia um Barão Dirigente, que deveria ser pessoa de confiança do Rei. Deveria, pois nem sempre eram merecedores dessa confiança. Não que o povo daquele local precisasse, pois sabiam desenvolver todas as tarefas necessárias para o desenvolvimento do povoado.

Eis que chega um Barão Dirigente, com idéias que já tinham sido aplicadas no passado, sendo que não foram satisfatórias. Mas esse Dirigente não ouvia ninguém e ainda perseguia os que tentasse orientá-lo.

Com o tempo o Barão, que não tinha compromisso com o povo daquela aldeia, intuiu que aquele lugar seria uma grande oportunidade de enriquecer, para que os líderes ficassem do seu lado tentou convencê-los que as decisões tomadas estavam acordadas com o Rei.

É lógico que nem todos aceitaram, desconfiados daquela proposta, se recusam a acompanhar o Barão Dirigente na sua empreitada. Aqueles que não somaram com a proposta do Barão, como castigo, foram mandados para outra aldeia que estava se formando. Com exceção de um comandante que tinha a função de atendimento as comunidades, que desenvolveram em volta daquela aldeia, promover eventos esportivos e de lazer, fazendo que fosse muito respeitado junto ao povo daquele povoado.
Como o Líder em questão era o único que tinha capacidade e poder de enfrentar o Barão e, não iria aceitar qualquer imposição, saiu da aldeia e se transferiu para o castelo.

Mesmo estando no palácio percebeu que a aldeia precisaria mais dele agora, ainda que estando afastado não poderia abandonar o seu povo e, para isso procurou aperfeiçoamento em todos os sentidos, porque entendeu que só dessa maneira conseguiria reverter a situação imposta naquele local.

Com o tempo descobriram a roubalheira do Barão e o exoneram, sendo que os comandantes que o acompanharam foram punidos. Colocaram em seu lugar outro Barão Dirigente mais justo e compreensível com a aldeia.

O Líder que estava no Palácio voltou a visitar com mais freqüência as comunidades daquele povoado, até que foi convidado a ir à aldeia onde foram mandados os comandantes que se recusaram a apoiar o antigo Barão.

Lá chegando ficou deslumbrado com desenvolvimento do local colocado por eles, sendo que foi informado que só aplicaram a sua metodologia, foi aí que tomou a decisão de ser transferido para aquela aldeia com o objetivo de somar aos seus companheiros e fazer o que fosse possível para ajudá-los.

Sabendo que não teria nenhuma objeção voltou a primeira aldeia e apresentou sua proposta com o atual Barão Dirigente. Este o animou se colocando a sua disposição, entusiasmado, voltou ao castelo e tentou se apresentar ao rei, não conseguindo, tentou os vice-reis, percebendo que seria difícil deixou por escrito a sua intenção sem esquecer-se de colocar os seus conhecimentos adquiridos.

Passado algum tempo foi informado que deveria comparecer perante o Rei e sua cúpula onde seria sabatinado. Não que tinha algum receio, seria até uma oportunidade de se fazer conhecer, mas também não podia deixar de perceber a ironia da situação:

“Quando ofereceram a ele para ser dirigente da nova aldeia com todas as vantagens que o cargo oferecia, não aceitou, pois foi colocado como castigo, porém, guando quis que fosse transferido para a mesma aldeia, sem ter nenhum privilégio, ainda sabedor que teria alguns sacrifícios, seria sabatinado para ser merecedor.”

Como disse o amigo Maquiavel:

"...Pois o homem que queira professar o bem por toda parte é natural que se arruíne entre tantos que não são bons."